11 de agosto de 2011

Dá para ganhar dinheiro fazendo Mágica? ou Dá para viver só de Mágica?

São freqüentes as perguntas: "Dá para ganhar dinheiro fazendo Mágica?" ou "Dá para viver só de Mágica?”, feitas por leigos, quase que na sua maioria, como também por mágicos desejosos de atuarem unicamente na profissão.
Minha resposta é sempre a mesma: SIM!
Essa resposta é suficiente para convencer o interlocutor leigo. Entretanto, para convencer o mágico, são necessárias algumas explicações e reflexões sobre o tema.
Ser Mágico não é diferente de ser Médico, Dentista, Mecânico, etc. Em qualquer profissão que se deseje atuar e bem, deverá estar sempre e, em primeiro lugar, o sentimento de vocação que é igual a “talento ou aptidão”. Simplesmente gostar não será suficiente para agarrar com “unhas e dentes” seu ideal de trabalho.
Infelizmente temos visto pessoas que não demonstram a menor queda para o negócio e que insistem em continuar atuando e desmoralizando os preceitos técnicos e teóricos da Arte Mágica.
No Brasil, a profissão de Mágico é reconhecida através da lei 6.533 de 24/05/1978 e regulamentada pelo decreto 82.385 de 05/10/1978, o que nos permite atuar “legalizados” através do famoso DRT (registro profissional no Ministério do Trabalho). Estar registrado, entretanto, nem sempre será sinal de sucesso profissional. Para que haja êxito serão necessárias ações importantes que garantirão o “SIM” como resposta às perguntas que nos levaram a refletir o assunto.

A palavra mágica é: INVESTIMENTO!

INVESTIR em conhecimento técnico e teórico e estar atento a tudo o que diz respeito ao ofício. Não basta conhecer 500 (quinhentos) cortes falsos ou dizer que “Misdirection” é a partner do mágico.
INVESTIR em equipamentos e números que sejam pertinentes à categoria em que atua. Não basta comprar um baralho e acreditar que já está equipado o suficiente para atuar profissionalmente até se aposentar.
INVESTIR no figurino do “personagem mágico”. Não basta pregar algumas lantejoulas naquela camisa branca (quase amarela), que já estava encostada ou pintar de preto um velho sapato marrom. O vestido da primeira comunhão da filha, para a partner, nem pensar.
INVESTIR na equipe. Não basta levar a esposa, namorada, filho(s), filha(s), ou outros familiares, geralmente sem aptidões artísticas, para fazer parte do show, objetivando economizar com custos de contratação, ou até mesmo para evitar crises de ciúmes.
INVESTIR em material de divulgação. Não basta imprimir no computador meia dúzia de cartões e acreditar que já tem material suficiente para alcançar a clientela.
INVESTIR na prestação de serviço. Não basta um número de telefone e a “sogra para atender”. Prestação de serviço é muito mais que isso!
INVESTIR na infra-estrutura (microfone, som, luz, cenografia, etc.). Não basta delegar essa responsabilidade para o cliente.
INVESTIR no marketing pessoal. Não basta ser um bom profissional é também importante parecer ser um bom profissional.
INVESTIR no estudo e na prática da ética. Atitudes em relação às questões éticas poderá ser a diferença entre o sucesso e o fracasso.
Ninguém, em sã consciência, deixará de concordar que INVESTIR é mais do que necessário para a obtenção do retorno esperado.

Observação: O presente texto, de minha autoria, está publicado no site da The New MAGIC MARKET,www.magicmarket.com.br, sob o título "Reflexões Mágicas", para  a qual foi especialmente escrito .

OZcar Zancopé 

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